18.12.07

E ninguém refila

Se a idade da reforma aumentou dos 60 para os 65 anos, porque é que o Cartão Jovem não passa a abranger até aos 31 em vez dos actuais 26?

São recorrentes, relativamente regulares, e o mais curioso é que toda a gente nos diz "eu não vi, mas tenho um amigo que viu!". E mais, garantem-no. "É verdade!" Falo de mitos de longa data como, por exemplo, o célebre caso do Ricky Martin num armário e a manteiga de amendoim, de um programa com casais onde se perguntara a uma dupla concorrente qual o último local onde tinham feito o amor, enfim, vocês sabem muito bem do que estou a falar. Outro desses mitos é também o facto, ou os factos, pelos quais os americanos não gostam de soccer. Ora, andava eu à procura de uma fotografia do Karate Kid para ver no que é que ele se tinha transformado (faço-o frequentemente com personagens da minha memória) e dou de caras com um blog americano sobre desporto, cujo post e citação neste blog se devem ao Mundial de 2006 na Deutschland. E eis que, finalmente, se fez luz sobre o que pensam, ou no que pensam, afinal (ou pensa só aquele), do desporto-rei, onde está o mito e a verdade, o que vale um fora-de-jogo, a tirania praticada por um árbitro com os descontos ou o "deixa-me cá mandar-me ao chão que os gajos estão com uma jogada de ataque perigosíssima, pode ser que um tanso mande a bola para fora". Vale a pena ler o texto na íntegra:

"The US does none of that. Their typical offensive "set" - if thats what you call it - goes something like this (or at least this is what it looks like to someone who doesn't know to much about futbol): Kasey Keller takes the ball out of the back of the net and sets it down on the ground. He then motions to four or five of his teammates, apparently positioning them for a long pass, and then proceeds to boot the ball the length of the field to no one in particular. Hopefully, someone from the opposing team knocks it out of bounds, and the US gets a throw-in. That really seems to be our best bet. If that somehow happens, we throw it in, screw around with the ball for as long as we can, play it back, play it back, play it back...and then find a way to get it to the other team as quickly as possibly. Rarely we'll get a shot off - if we do, it generally sails fifteen to twenty feet over the goal (honestly, if the goal was 30 feet high, the US would have destroyed Ghana. Like 7-2) . Then we play defense."


Ansiedade


Imagem: http://www.estadao.com.br/fotos/beemovie2.jpg

14.12.07

Alta cultura


13.12.07

Amigos? Conhecidos?

Que mania têm as pessoas de enviar e-mails -nomeadamente a mim- com pinturas sagradas, e anjos e santos, e diabos, e sustos, e powerpoints foleiros ameaçando-nos de que se não reencaminharmos aquilo a xis pessoas dentro de ípsilon (por acaso, amanhã tenho que comprar o Público e jogar no Euromilhões) dias teremos um azar catastrófico a bater-nos à porta. Gente que envia esses e-mails, um aviso a bem da pacífica vida social: a única coisa que se ganha com tal comportamento é, quando nos encontrarmos de facto, em pessoa, já não haver paciência nenhuma para vos aturar, tão grande é o trauma de perder tempo com azelhices dessas. Além disso, nem quando era criança fui amigo de alguém que me aplicasse as mais variadas e determinadas manobras de coacção, inclusivamente não ser convidado para festas de anos. Nunca fiando, vou andar com um terço pendurado no retrovisor do carro e um santinho na carteira.

10.12.07

Esclareçam-me lá

porque é que nunca conheci uma única rapariga gaga?

6.12.07

Pero este no es un post de mierda, señor Chavez. Lo aseguro.

El señor Chavez acaba de clasificar a la victoria del "no" como una victoria de mierda. Y más, lo dice sin cualquier tipo de problema. Y a mí, si dijera mierda en una circunstancia normal, me maltratarían en dos tiempos. Tiempos raros, no? Mirad:


A grande capitalista

Ela dá-se com toda a gente, e mais, sabe dar-se a toda a gente. Homens novos, mulheres velhas, homens velhos, mulheres novas. Pais, mães, tios, bancárias, investigadores, professoras e professores, funcionários. Ela trata toda a gente com respeito, lançando aqui e ali um piropo mais ou menos conseguido, num olhar a dar para o quase vigoroso. "Meu lindo", "minha linda", "olhe aqui, tão lindo como você". Como resistir a isto numa dura manhã de Dezembro, fria e cortante? Impossível. É assim que se faz a grana. Sacando, a pouco e pouco, aquele sorrisinho maroto, ou amarelo, aquele sorrisinho em que já não se consegue dizer que não. De qualquer forma, a coisa pega. Com um modus operandi tentacular e um conhecimento ímpar em cada uma das áreas, uma estratégia microsoftiana (com r de marca registada aqui no canto superior direito), ela chega à Matemática, à Física, à Química e ao Direito, deixando ainda o seu travo na Medicina, na Biologia e na Geologia. Ela domina todos os campos de investigação e faculdades, ela é omnipresente. Ela é a senhora dos bolos de Ançã.

4.12.07

Superioridade (I)moral

Uma das coisas que se afigura cada vez mais como certa é que as verdades e as mentiras, mais cedo ou mais tarde, mais ou menos camufladas, mais ou menos verdade, ou mais ou menos mentira, acabam sempre por fazer ricochete. O resguardo faz-se rápido, por vezes, mas não o suficiente. Frequentemente porque o colete anti-verdade, ou anti-mentira, dependendo dos casos, não se compadece, pois falta-lhe a resistência necessária para deter o mais forte de todos os projécteis, a dor de quem foi baleado.

3.12.07

O azar

A próxima acção da ASAE vai ser proibir os bolos de aniversário devido aos comportamentos anti-higiénicos e eventualmente nocivos das pessoas comerem da iguaria para a qual os aniversariantes sopraram.