29.4.08

A preceito

A diferença é engraçada até ao ponto em que sou destituído da vida normativa.

26.4.08

A campanha do terror

A um domingo, almoçar à uma, impreterivelmente, sendo acordado às 12h30 com mãe vociferando "Olha que o carapau já está a grelhar!".

24.4.08

Ainda sobre o Nick

Dizer que a última vez que senti algo verdadeiramente ultrajante foi na Box do Jumbo, no Chibita, como já ouvi chamarem-lhe, e ver o Nocturama, do Nick, coladinho a um do Tony Carreira, num amontoado de álbuns em escandalosa rebaixa.

23.4.08

Oxímoros pela manhã

Ver o arrumador, dentro de um carro, a pedir ajuda a um transeunte para estacionar o mesmo.

22.4.08

A nossa sorte

Há pessoas assim. Ora nos deixam num estado de euforia inebriante que parece não ter fim, esticando as nossas reservas até ao limite (acho que a palavra poderá ser esfuziante), provocando-nos repetidamente um desejo de libertar a adrenalina toda de uma vez para a corrente sanguínea e, consequentemente, arrancar as roupas e começar a correr nu que nem um perdido para lado nenhum e ver cenários devastadores, brutais assassinatos romantizados. Ou nos trazem carradas de melancolia, dor, nostalgia, religião, credo, morte e um desejo mórbido, esquisito e, depois, repelente, que não acreditávamos estar em nós. Esta pessoa em particular, o Nick, como gosto de o chamar de há longa data (há já 15 anos), provoca-me isso, e muito mais. Vale sempre a pena, o sacana. Por demais. Volta depressa Nick, volta depressa.



E aquele bigodinho meninas e meninos, aquele bigodinho!

21.4.08

Melhor metade

Recomeçar, uma e outra vez. Sentir o fim e voltar de novo ao início. Não te vou enganar, é isso mesmo. Sentir que é o fim e voltar sempre, sempre, ao início. É acreditar que essa é mesmo a única maneira de não acabar, o eterno retorno aos inícios, ao princípio de tudo. Diferentes, pois. É que sempre que te quis não te tive. É diferente, agora. Nada foi, tudo é, com vento pela frente, bem como gostamos. Sentimo-nos. Sem chuva, nublado, agradável. Não me interessa. Interessas-me tu, a minha melhor metade. E essa, quero-a sempre comigo. Sempre.

10.4.08

O choque de uma sociedade

É racional pôr um país em histeria por uma aluna ter levado um "calduço" de um colega na escola só porque foi filmado? Na minha escola, e suponho que por todas as outras por esse país fora, entre outros rituais bem mais sinistros intra e intersexuais, levavam-se os rapazes "ao poste". "Levar ao poste" era, como diz o meu primo, e com razão, uma judiaria. Daquelas "à séria". Era uma prática que consistia em meia dúzia de jovens adolescentes pegarem num, abrir-lhe as pernas contra a sua vontade expressa ou não, porque isso não interessava nada, e, conforme a própria definição, empurrá-lo com toda a violência contra um poste. Não sei quais terão sido os efeitos desses actos na vida sexual e reprodutiva de alguns dos meus amigos e colegas (consegui fugir de todas as investidas) mas, agora que penso nisso, só me consigo lamentar por ainda não existirem telemóveis com câmara na altura.

Hoje


Foto: http://www.gvengenharia.pt/images/estadio_sporting.jpg

Trabalha-se, corrigindo, preenchendo, substituindo, escrevendo. Hoje não se almoça. Hoje, também, leva-se um impermeável, uma camisola verde-e-branca, um cachecol, leão ao peito, uma fé do caraças e ala com o menino para Alvalade, em romaria, acompanhado de umas minis e pataniscas, esperando que o Levezinho, ou outro qualquer, na verdade, faça das suas. Nem que seja o Paulinho. Naquele rectângulo verde, ali em cima. Levam-se as meias verdes com os losangos calçadas. Que sirvam de inspiração para o modelo táctico, que eu, pessoalmente, já não posso com ele. Hoje, leva-se uma tarja com os dizeres "Paulo Bento, dá-me o teu penteado". Pode ser que a coisa, exibida por um gajo semi-careca, tenha piada, e eles (nós) marquem alguns para a continuação da boa disposição. Pelo menos um a mais que os outros, é quanto chega. Mas, brincadeiras e jogo à parte, é importante que não veja o meu desejo do penteado correspondido. Força Sporting, sempre contigo.

8.4.08

Choque tecnológico

Ainda hoje, quando passam na TV, no rádio ou até numa discoteca, as músicas que, gravadas nas minhas cassetes, ocupavam o estado liminar entre o lado A e o lado B, fico à espera daquela pausa que indicava ser altura para ir rapidamente ao deck mudar de lado.

1.4.08

Ausência #1

Ausência #1

Foto: Carlos Barradas. Clicar para aumentar.