23.10.07

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Passam. Lestos. Uns após outros. Imparáveis. Eles, deitados, em cadeirinha. A cabeça dela repousada no braço dele. O relógio digital com projecção na parede vai assinalando. Faz-se tarde. Despertos. O silêncio. Não há música lá dentro, não há gatos com o cio lá fora. Nada. A vida. As minudências. As minudências da vida. Como vai ser? Pessoas em redor. Felicidade. Erros idos, caros. A recuperação, a reparação, lenta, mas determinada. As vozes denunciam-nos. Calmas, reflexivas, pensadas. Cúmplices. Olhos bem abertos. Ressoam as unhas dela nos pêlos do braço dele. Suaves. Ternas e compreensivas. Compreendidas. Encostam-se os corpos. É outro amor que se faz. Outro amor. Não aquele. Está na hora. Primeiro foi o susto. Depois o silêncio. A força. A audácia. Porque não é fácil. A possibilidade existe. O balanço, no balanço se constrói. Do equilíbrio.

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